Resultados preliminares da investigação do incidente com o Boeing 747 da Max Air, que transportava 560 peregrinos e raspou um de seus motores no solo durante o pouso, mostram que o Jumbo tocou o solo totalmente desestabilizado, fora do centro da pista e atingindo uma lâmpada na lateral.

O Boeing 747-400 transportava fiéis de volta para a Nigéria após uma peregrinação anual na Arábia Saudita no dia 7 de setembro do ano ado, quando sofreu o incidente pela manhã ao pousar.
A aeronave, de matrícula 5N-DBK, transportava os 560 ageiros e mais 18 tripulantes quando seu motor número 1 (externo da asa esquerda) raspou na pista do aeroporto internacional de Minna.
Informações desencontradas
Naquele momento, diversas informações desencontradas variavam desde declarações de que nada havia ocorrido até afirmações de que mulheres haviam desmaiado devido ao pânico da situação.
Segundo informações do nigeriano Times, a Max Air havia afirmado que fortes chuvas torrenciais com ventos instáveis afetaram sua aeronave na chegada a Minna, e o diretor de operações de voo da companhia, Ibrahim Dill, atribuiu o acidente à situação no aeroporto.
Dill disse que o sistema de aterrissagem por instrumentos no aeroporto era errático com sinais não confiáveis. “Nossos pilotos executaram a aproximação aérea usando sua riqueza de experiência e conhecimento do terreno e do ambiente, para pouso e parada seguros na pista, durante as quais um dos motores raspou na pista.”
“Todos os relatórios necessários do incidente foram arquivados. Oficiais da Autoridade de Aviação Civil da Nigéria (NCAA) e do Departamento de Investigação de Acidentes (AIB) inspecionaram a aeronave e a pista, e estão satisfeitos”, afirmou.
Relatório preliminar
Mas agora, informações do relatório preliminar da investigação mostram que o pouso ocorreu de forma bastante fora do padrão, e poderia ter terminado em consequências mais sérias.
O AIB da Nigéria divulgou seu relatório preliminar na semana ada informando que o comandante, de 63 anos e 25.033 horas totais de voo, era quem pilotava o Jumbo naquele pouso, enquanto o primeiro oficial, de 53 anos e 24.894 horas, era quem monitorava.
O relatório descreve que a aeronave cruzou a cabeceira à direita da linha central, curvada para a esquerda, até que as rodas principais esquerdas tocaram o solo ao mesmo tempo em que a carenagem do motor número 1 entrou em contato com a pista exatamente na linha central.


Tanto a marca do motor quanto a do ponto de toque estavam a 203 metros da cabeceira, e a carenagem do motor foi arrastada ao longo da linha central da pista por aproximadamente 44 m.
Na sequência, as rodas centrais do trem de pouso principal tocaram o solo, seguidas pelas rodas principais do lado direito, enquanto a aeronave era gradualmente direcionada para a linha central. Uma luz da lateral da pista foi destruída por uma das rodas do trem direito.


A superfície inferior da carenagem foi bastante desgastada, liberando assim as travas de fixação, resultando na liberação e no arrancamento das capotas utilizadas para abertura em momentos de manutenção.
A carenagem do flap que fica na direção do motor número 1 também foi danificada.