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Bielorússia recebe jatos Airbus após manobra com empresa aérea africana de fachada 3g1y4t

A companhia aérea estatal da Bielorrússia encontrou uma forma de adquirir aviões ocidentais e driblar as sanções impostas contra o país. 5z44e

A Belavia, maior e principal companhia aérea bielorrussa, foi duramente afetada após o incidente em que foi forjado um alerta de bomba em um Boeing 737 da Ryanair. A ação, realizada para prender um ageiro opositor do regime de Aleksandr Lukashenko, levou a uma série de sanções impostas pelo Ocidente, especialmente no setor aeronáutico.

Como consequência, a Belavia foi obrigada a devolver todos os seus jatos Embraer recém-adquiridos e ficou proibida de adquirir novas aeronaves da Airbus ou da Boeing. A situação se agravou após o apoio de Belarus à invasão russa da Ucrânia em 2022, resultando em novas sanções internacionais.

Agora, a companhia aérea conseguiu expandir sua frota com três aeronaves widebody A330-200, por meio de uma empresa aérea de fachada com sede na Gâmbia, um pequeno país africano cercado pelo Senegal. A empresa, chamada Magic Air, jamais realizou voos comerciais, mas chegou a possuir três A330-200 provenientes de uma companhia aérea libanesa com histórico semelhante.

As aeronaves foram originalmente entregues à Emirates entre 2002 e 2003 e, ao longo dos anos, aram por diversas operadoras, incluindo a turca Onur Air, antes de ficarem inativas. Registradas na Gâmbia com as matrículas C5-TAB, C5-TAC e C5-TAD, os aviões voaram para Minsk no ano ado, onde permaneceram armazenados sem atividade.

Nesta semana, os jatos foram flagrados com a pintura da Belavia e ostentando matrículas bielorrussas: EW-587PD, EW-588PD e EW-589PD. Fontes apontam que as aeronaves estão ando por uma manutenção profunda antes de entrarem em operação, o que deve ocorrer ainda no verão europeu.

Apesar da adição desses três jatos widebody — um modelo inédito na frota da Belavia —, a operação da companhia segue fragilizada. Por depender de aeronaves 100% ocidentais, a empresa enfrentará desafios logísticos e operacionais, especialmente pela necessidade de importar peças de forma clandestina para manter os A330 em condições de voo nos próximos anos.