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Azul tem notas de crédito de longo prazo rebaixadas pela Fitch Ratings

Imagem: Divulgação / Inframerica

Fitch Ratings rebaixou os ratings de inadimplência de emissor (IDRs) de longo prazo da Azul S.A. de (CC) para (C), tanto em moeda estrangeira quanto local. Além disso, a agência rebaixou as notas seniores garantidas da Azul Secured Finance LLP para ‘C’ com um rating de recuperação (RR4), e confirmou as notas não garantidas da Azul Investments LLP em ‘C’/’RR6’.

Este rebaixamento segue o anúncio da Azul sobre uma oferta de troca de suas notas garantidas seniores, considerando esta transação como uma troca de dívida (DDE) conforme os critérios da Fitch.

A troca proposta não resultará imediatamente em uma redução da dívida nem em uma extensão do vencimento, mas alterará os termos com subordinação estrutural para os detentores dos títulos e uma potencial conversão escalonada em ações. Todas as notas existentes após a troca continuarão como obrigações não garantidas, agravando ainda mais a situação.

A Azul tenta reestruturar sua dívida num cenário de pressões de liquidez, buscando renegociações abrangentes com credores e espera angariar novos fundos através dessa troca. Em um panorama mais amplo, esta iniciativa visa melhorar a estrutura de capital da empresa e evitar potenciais default de pagamentos futuros.

Para facilitar esse plano financeiro complexo, a Azul entrou em acordo com um grupo ad hoc de detentores de títulos para financiar US$ 150 milhões a curto prazo, com um prazo de 90 dias, durante o qual a Azul deve cumprir condições para obtenção de financiamento adicional superprioritário.

Com potencial de um adicional de US$ 250 milhões e, dependendo de melhorias no fluxo de caixa, ainda mais US$ 100 milhões podem ser adicionados.

Se a reestruturação for bem-sucedida, espera-se melhorar substancialmente a liquidez da Azul, complementando-a com uma possível linha de crédito local garantida e uma emissão subsequente.

A Fitch antecipa que o endividamento da Azul alcance o pico em 2024, começando a diminuir em 2025, até atingir menos de 4,5 vezes em 2026, mediante um aumento na geração de EBITDA.

Apesar desse plano de reconfiguração, a indústria aérea permanece repleta de riscos, exacerbados pela natureza cíclica e intensiva de capital e chacoalhada por choques externos como variação cambial – especialmente no contexto brasileiro.

Portanto, a capacidade da Azul em manter um perfil de liquidez saudável no curto a médio prazo será crucial para reverter suas notas a níveis mais favoráveis e garantir estabilidade no mercado doméstico, onde atua como única operadora em 80% das suas rotas, sublinhando sua relevância, mas também seus desafios.

O relatório completo pode ser lido no site da Fitch Ratings.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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