
A Força Aérea Helênica (HAF) incluiu o Embraer C-390 Millennium em seu planejamento de longo prazo como um possível substituto para sua envelhecida frota de C-130 Hercules.
Segundo o veículo de comunicação grego OnAlert, o jato bimotor brasileiro é o favorito no programa de reequipamento de transporte tático, cuja primeira fase incluiria a aquisição de pelo menos três aeronaves, com mais opções no futuro.
Embora o financiamento já tenha sido incluído no processo de planejamento de 12 anos da HAF, não se espera que o programa seja implementado antes do final da década, já que as prioridades imediatas se concentram na atualização de 38 caças F-16 Block 50 para a configuração Viper.
Até lá, a Grécia planeja manter seus C-130s restantes em serviço, junto com os C-27J Spartans, que serão objeto de uma atualização e de um novo contrato de e logístico de cinco anos a ser assinado em 2026, conforme aponta o Aviacionline.
Vantagens operacionais e logísticas do C-390
O C-390 Millennium ganhou força em várias forças aéreas europeias — incluindo as da Holanda, Suécia, Áustria e Eslováquia — e está atualmente em negociações com a Finlândia, Polônia e Turquia. Seu sucesso é atribuído a uma combinação de desempenho superior, menores custos operacionais e maior disponibilidade, em comparação ao tradicional C-130J Super Hercules.
Entre seus destaques, o C-390 oferece capacidade de carga de até 26 toneladas, contra 21 do C-130J, e velocidade máxima de cruzeiro de 988 km/h, superando em muito os 670 km/h do modelo americano. Ele também tem um teto operacional de 36.000 pés e um alcance de até 5.500 km com 15 toneladas de carga, em comparação com os 3.300 km do C-130J com o mesmo peso.
Equipado com motores turbofan IAE V2500 — também usados em aeronaves civis como o Airbus A320 —, o C-390 se beneficia de uma cadeia logística global estabelecida e baixos custos de manutenção. Mais de 7.200 unidades deste motor já foram produzidas em suas diversas variantes, garantindo e a longo prazo.
Embora o Lockheed Martin C-130J também tenha sido avaliado pela Força Aérea Helênica, o interesse no C-390 é motivado tanto por seu desempenho quanto pelo crescente número de usuários europeus, o que facilitaria a interoperabilidade regional e o o a economias de escala. Além disso, aliados que já o operam, como Portugal, deram aos planejadores gregos uma impressão altamente positiva da plataforma, tanto técnica quanto logisticamente.
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