Em entrevista, o novo presidente e CEO da Avianca Holdings, o holândes ex-KLM, Anko van der Werff, afirmou que a empresa não irá morrer nas suas mãos.

ando por uma das piores crises em 100 anos de sua história, a Avianca Holdings da Colômbia acumula dívidas, atrasa pagamentos a fornecedores e teve seu principal controlador, Germán Efromovich, expulso do conselho istrativo. Anko foi contratado com a missão de reerguer a companhia mais uma vez e afirma que a empresa está renegociando as suas dívidas, resguardando um prazo de mais três anos para pagamento.
Outros pontos do plano de renovação são o cancelamento de rotas menos rentáveis e a venda de uma parte dos aviões, mas ele afirma que a frota continuará robusta, com mais de 100 aeronaves.
Quando questionado pelo jornal colombiano El Tiempo sobre o que aconteceu para que a companhia, que crescia tanto, chegasse a ficar no vermelho, Anko afirmou que acredita ter sido resultado de um superdimensionamento e que a empresa “deu um o maior do que a perna”.
Panorama da Frota

Anko deu um grande panorama sobre a frota da empresa: “atualmente toda a Holding possui 180 aviões de ageiros e cargas. Destes, 168 estão voando, enquanto o restante (12) são aeronaves próprias que estão à venda. Por outro lado, dos 168, 53 foram adquiridos na forma de leasing operacional e 115 de leasing financeiro”.
Até o final do ano, quando a empresa pretende fechar com 156 aviões na frota, o que significa um total de 24 devoluções. Dentre os aviões vendidos estão os Airbus A318, e entre os devolvidos, os Embraer E190, além de alguns Cessna 208 e ATR 42.
Porém o CEO disse que ainda não é o suficiente. A redução da frota de longo curso também é algo a se fazer: “temos 13 Boeing 787, vamos revisar quantos necessitamos”, afirmou Anko. A Avianca encomendou o modelo 787-9 Dreamliner, que está pronto na fábrica da Boeing, mas não deve recebê-lo.
Avianca quebrada?
Quando questionado sobre a polêmica frase de Roberto Kriete, CEO que está ando o bastão para ele, de que a empresa está quebrada, Anko foi direto: “Foi uma frase muito infeliz. Infeliz e complicada. Porém também creio que se referia à situação difícil da companhia e os esforços que estamos fazendo para seguir adiante. A intenção dele era transmitir o sentido de urgência”. A dívida hoje da Avianca Holdings é de $5 bilhões de dólares, incluindo dívidas de leasing.
Para finalizar, o jornal El Tiempo perguntou se a Avianca iria morrer nas mãos de Anko, que respondeu com convicção: “não”.
Com informações do El Tiempo.