Aproveitando a crise com Trump, SAAB confirma a oferta do Gripen ao Canadá e a Portugal

A SAAB está oferecendo novamente o caça Gripen para o Canadá, aproveitando também a oportunidade para a Força Aérea Portuguesa.

As críticas feitas por Trump aos seus aliados mais próximos, incluindo a maioria dos países da OTAN, juntamente com o tarifaço imposto nesta semana, têm azedado a relação militar com aliados históricos como o vizinho Canadá e com Portugal, um dos membros fundadores da aliança militar do Atlântico Norte.

Enquanto a Real Força Aérea Canadense (RCAF) escolheu o caça F-35 da Lockheed Martin para substituir seus F/A-18C/D Hornet (CF-18), o país tem demonstrado que pode reconsiderar a decisão — embora isso seja custoso, já que o contrato foi assinado, parte do pagamento já foi feita e há multas em caso de desistência.

Já Portugal praticamente descartou o F-35 e tem analisado outras opções europeias para substituir seus caças F-16AM/BM Fighting Falcon da Força Aérea Portuguesa (FAP).

Agora, o CEO da SAAB, Micael Johansson, confirmou ao jornal sueco Dagens Industri que está, de fato, mantendo conversas oficiais com os militares do Canadá e de Portugal para que o Gripen seja escolhido como novo caça desses países da OTAN.

Os detalhes das negociações ainda não foram divulgados, mas a recente venda do JAS-39E/F Gripen para a Colômbia, juntamente com a iminente escolha da aeronave na Tailândia — superando o norte-americano F-16 em ambas as licitações — dá novo impulso ao caça sueco.

No entanto, qualquer decisão por parte desses dois países não deve ocorrer no curto prazo, principalmente porque o Canadá teria que encerrar unilateralmente o contrato com a Lockheed Martin para o F-35 e/ou iniciar uma nova licitação para adquirir o Gripen. Já a FAP, embora planeje iniciar em breve o processo formal para a compra de um novo caça, ainda não definiu prazo para a abertura do certame, e a instabilidade política em Portugal tem atrapalhado esses planos.

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