Após mais de uma década sem respostas, a busca pelo desaparecido voo MH-370 da Malaysia Airlines está prestes a recomeçar, trazendo um sopro de esperança para as famílias das 239 pessoas a bordo e para a comunidade aérea global que ainda se vê perplexa com este enigma.
Em uma iniciativa anunciada recentemente, o governo da Malásia firmou um compromisso preliminar no valor de US$ 70 milhões com a empresa de exploração submarina Ocean Infinity para retomar a busca pelo Boeing 777-200ER.
O desaparecimento deste voo em março de 2014, que partia de Kuala Lumpur para Pequim, permanece como um dos maiores mistérios da aviação moderna.
A aeronave desapareceu dos radares pouco depois de decolar, sem deixar vestígios claros de seu paradeiro, transformando-se em um evento raro e intrigante, levando a anos de especulação e inúmeras teorias, inclusive uma série documental lançada pela Netflix em 2023.
Embora pequenos fragmentos do avião tenham sido encontrados ao longo dos anos, a maioria da fuselagem e a causa do desaparecimento continuam desconhecidas. Entre 2014 e 2017, uma operação global massiva, que investigou 120 mil quilômetros quadrados de oceano, foi conduzida, mas culminou sem resultados definitivos.
Posteriormente, em 2018, a Ocean Infinity retomou a busca por um breve período sob um contrato que só oferecia compensação em caso de sucesso, mas também sem êxito.
Desta vez, as buscas incidirão sobre uma nova área de 15 mil quilômetros quadrados no sul do Oceano Índico, embasada por dados frescos que as autoridades malaias acreditam serem promissores. O acordo atual segue a mesma lógica financeira: pagamento apenas em caso de descoberta significativa.
A Ocean Infinity, demonstrando otimismo, parece acreditar que novos indícios possam fazer a diferença desta vez. O anúncio do acordo será finalizado até 2025, mas as expectativas são altas para finalmente trazer resolução aos entes queridos dos ageiros e à aviação em geral, que não pode aceitar que um Boeing 777 simplesmente desapareça sem rastro.
Ao refletir sobre a iniciativa de 2018, o CEO da Ocean Infinity expressou seu pesar por não ter alcançado seu objetivo anteriormente, mas ressaltou o compromisso e a qualidade dos dados coletados durante a busca. Agora, com o apoio renovado do governo da Malásia e uma determinação incansável, a esperança é que esta nova investida traga as respostas tão dolorosamente aguardadas.
