
Após um grande roubo que resultou na morte de um policial e de um bandido, o Aeroporto de Caxias do Sul (RS) mudou uma regra para receber voos com grandes quantias de dinheiro.
O assalto, realizado no último dia 19, quarta-feira, foi executado por uma quadrilha especializada em domínio de cidades, que chegou em viaturas clonadas da Polícia Federal e portava armamento pesado, incluindo um fuzil anti-material no calibre .50BMG.
Uma aeronave Beechcraft King Air C90GTi que levava malotes e dois carros-fortes foram fuzilados e, durante a fuga, uma intensa troca de tiros se iniciou com a Brigada Militar, levando a óbito um sargento e também um bandido, que segundo informações preliminares tem ligações com o PCC e já tinha sido preso outras vezes.
Da quantia roubada, R$30 milhões de reais, em torno de R$15 milhões, já foram recuperados, sendo que dois criminosos foram presos em São Paulo, BR-116, a Rodovia Régis Bittencourt, na região de Juquitiba, pela Polícia Militar paulista. Outros dois foram detidos no Paraná.
A Brigada Militar gaúcha se manifestou publicamente avisando que não foi comunicada da chegada do malote e por isso não preparou uma ação especial para a ocasião. Agora, a Prefeitura de Caxias do Sul decidiu que qualquer transporte de malote com dinheiro ou objetos de alto valor deverá ser comunicado previamente às autoridades, como informa o Jornal Pioneiro.
O Grupo Protege, responsável pelo malote, informou à imprensa que planeja cada transporte de maneira individualizada, mas não disse por que não comunicou à polícia sobre o desembarque do montante. Pelo fato de o assalto ocorrer em área restrita de aeroporto, a investigação do caso está a cargo da Polícia Federal, que mantém sigilo sobre as buscas, mas estima que ainda sete bandidos estejam foragidos.