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Apelidada de Aeroterror, aérea iraniana Mahan Air é banida da Arábia Saudita

A Autoridade Geral de Aviação Civil da Arábia Saudita (GACA) cancelou a licença da Mahan Air, companhia aérea ligada ao regime iraniano, proibindo a empresa de aterrissar em aeroportos sauditas ou voar pelo espaço aéreo do país.

Como informa a mídia iraniana, a decisão veio à público em 16 de julho, pela agência de notícias estatal Tasnim, acusando a Mahan Air de violar os regulamentos e comprometer a segurança dos operadores internacionais no território saudita.

Esse movimento veio após uma série de incidentes que refletem as relações tensas entre Teerã e Riad. Em 29 de maio, a mídia estatal iraniana informou que a Arábia Saudita havia expulsado seis membros de uma “equipe de mídia iraniana” vinculada ao gabinete do Líder Supremo Ali Khamenei.

Os integrantes da equipe, que consistia em supostos jornalistas e documentaristas da Al-Alam News Network e Islamic Republic of Iran Broadcasting (IRIB), foram detidos em Medina enquanto filmavam na mesquita Al-Masjid an-Nabawi. Após várias horas de interrogatório, eles foram deportados de volta ao Irã.

O chefe da IRIB, Peyman Jebelli, expressou surpresa com a prisão e deportação, afirmando que a equipe estava realizando tarefas rotineiras de gravação de recitações do Alcorão na mesquita.

Os incidentes ocorreram em meio a um contexto histórico de profunda desconfiança entre as duas nações. As recentes declarações de Khamenei e incidentes ados, como o confronto do Hajj de 1987, em que operativos iranianos disfarçados de peregrinos tentaram interromper as cerimônias na Arábia Saudita, destacam as tensões duradouras.

Os eventos vêm à tona também em meio a uma recente chamada entre o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, e o presidente eleito do regime clerical, Masoud Pezeshkian, discutindo o progresso nas relações bilaterais e enfatizando a necessidade de expandir a cooperação em vários campos.

A Mahan Air foi designada sancionada pelo Tesouro dos EUA em 12 de outubro de 2011, por fornecer e à IRGC-QF, facilitando o transporte de armas e pessoal. As sanções subsequentes de 24 de março de 2016 e 21 de maio de 2018, reforçaram essas medidas, destacando o papel do Mahan Air em auxiliar atividades terroristas.

Aeroterror

A Mahan Air é uma companhia aérea privada com sede em Teerã. Fundada em 1991, iniciou suas operações em 1992 como a primeira companhia aérea privada do Irã. Apesar de enfrentar sanções dos EUA e de outros países da UE, a Mahan Air se tornou um importante player em rotas domésticas e internacionais para o Irã.

A companhia recebeu o apelido de Aeroterror pelos EUA há vários anos. Essa designação controversa surgiu devido a várias polêmicas envolvendo a empresa:

Transporte de armas e equipamentos militares: Mahan Air foi acusada de transportar armas e equipamentos militares para zonas de guerra no Oriente Médio. Isso levou à proibição de sobrevoar os espaços aéreos da Alemanha e França.

Voo entre Teerã e Caracas: Em 2019, a Mahan Air surpreendeu ao anunciar voos diários entre Teerã e Caracas, capital da Venezuela. Essa rota também gerou controvérsias, e o senador norte-americano Marco Rubio classificou o lançamento como uma ameaça aos Estados Unidos.

Apelidos adicionais: Além de “Aeroterror”, a Mahan Air também ganhou o apelido de “Terror Express” devido às suas operações controversas.

    Em resumo, a Mahan Air é uma companhia aérea que enfrentou acusações sérias e ganhou notoriedade por suas atividades controversas e rotas incomuns. Vale lembrar que esses apelidos não refletem necessariamente toda a realidade da empresa, mas são baseados em eventos específicos e percepções públicas.

    Carlos Ferreira
    Carlos Ferreira
    Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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