
A Direção Geral de Aeronáutica Civil (DGAC) da Bolívia anunciou nesta quinta-feira (27) que a Andina Airlines, uma companhia nacional com sede em Santa Cruz, iniciou o processo para operar voos em rotas dentro do país. A empresa já entrou na segunda fase de obtenção da licença que lhe permitirá voar na Bolívia.
José García, diretor da DGAC, afirmou em uma coletiva de imprensa: “Temos uma proposta de um operador doméstico, que certamente será o que melhor atenderá à necessidade de transporte de ageiros. É a Andina Airlines, cuja sede legal está em Santa Cruz.” Ele explicou que a companhia possui status legal e está cumprindo os requisitos necessários para obter a autorização correspondente.
Segundo informações da mídia boliviana, neste estágio do processo, a Andina Airlines deve apresentar os manuais exigidos, o equipamento de voo que utilizará e as rotas que pretende operar de acordo com seu plano de negócios. A DGAC já realizou uma reunião de pré-inscrição, na qual a empresa expressou formalmente sua intenção de iniciar as operações.
De acordo com os planos iniciais, a companhia pretende operar voos entre as cidades de La Paz, Santa Cruz, Cochabamba e Sucre, que são as rotas mais solicitadas localmente. “Os manuais estão sendo elaborados, e para operar em alta altitude, o equipamento de voo deve atender a certas condições”, acrescentou García, mencionando que todo o processo pode levar até seis meses para ser concluído.
O diretor da DGAC enfatizou a lucratividade do setor aeronáutico na Bolívia, ressaltando a necessidade de “empreendedorismo” e da atuação de empresas privadas para enfrentar os desafios do mercado.
Ele destacou que no ano ado, o transporte aéreo doméstico movimentou mais de 4,6 milhões de ageiros, um crescimento significativo que se mantém por mais de 10 anos, quando o número de ageiros era de 2,8 milhões.
“As empresas privadas estão sendo desafiadas pelo mercado interno, que é bastante interessante; há condições favoráveis para seu desenvolvimento. É uma atividade lucrativa e rentável”, disse García.
Atualmente, a Boliviana de Aviación (BoA), a TAMep (Empresa Pública de Transporte Militar) e a Ecojet fazem parte do mercado nacional, sendo que a empresa estatal responde por mais de 80% da participação no mercado.
García também confirmou que as companhias internacionais Flybondi, da Argentina, e Arajet, da República Dominicana, estão nas etapas finais para obter permissão para operar voos para e da Bolívia.
A Flybondi, em particular, atuará em aeroportos intermediários como Salta, Córdoba e Jujuy, o que facilitará o transporte para a Bolívia e também permitirá conexões com destinos mais distantes, como Miami, complementando as rotas operadas pela BoA.