
À medida que o Furacão Milton se aproxima da costa oeste da Flórida, companhias aéreas dos Estados Unidos e aeroportos locais intensificam seus esforços para evacuar residentes e turistas, garantindo que o máximo número possível de pessoas deixe a região antes da tempestade.
Com ventos sustentados de até 256 km/h, o furacão é considerado “extremamente perigoso” pelo Centro Nacional de Furacões (NHC) e está programado para fazer a entrada no continente perto de Sarasota no final do dia 9 de outubro.
A United Airlines, com sede em Chicago, anunciou a adição de 18 voos extras na Flórida, além de operar aeronaves maiores em quatro outros voos para atender a demanda. “A companhia já reservou 25.000 clientes nos novos voos, com 2.750 deles alocados nas operações adicionais,” informou a United.
A empresa também está enviando suprimentos essenciais para a região, incluindo água e alimentos não perecíveis, enquanto todos os seus voos de Tampa, Orlando, Fort Myers e Sarasota estão completamente lotados para os dias seguintes.
American Airlines também está se mobilizando e acrescentou 2.000 assentos adicionais em voos que partem de Orlando na noite do dia 8 de outubro, além de 2.000 assentos disponibilizados em voos anteriores de Tampa e Sarasota. Porém, a companhia aeronaútica já suspendeu operações em seis aeroportos da Flórida até o momento do furacão.
O Aeroporto Internacional de Tampa, que fechou as portas na manhã do dia 8, é alvo de críticas por ter tomado essa decisão enquanto muitos tentavam deixar a região. Em resposta, o aeroporto alegou que “a segurança dos ageiros, funcionários e instalações é sempre nossa preocupação primária” e que o fechamento foi baseado em múltiplos fatores de previsão e diretrizes de órgãos oficiais. A avaliação de danos e a retomada das operações serão realizadas assim que a tempestade ar.
O Aeroporto Internacional de Sarasota Bradenton foi um dos primeiros a fechar, fechando às 16h do dia 8, antecipando-se ao impacto do furacão. O Aeroporto Internacional de Orlando também se preparou para o fechamento, programado para as 08h do dia 9. Outros aeroportos secundários, como o Aeroporto Internacional de Daytona Beach, anunciaram a suspensão de voos e o fechamento da pista, reforçando a gravidade da situação.
Com o NHC prevendo uma “grande área de ressaca destrutiva” e chuvas pesadas que podem causar inundações urbanas catastróficas, a expectativa é que o fenômeno meteorológico não apenas afete a Flórida, mas também regiões vizinhas, incluindo Georgia, Carolina do Norte e Tennessee, que ainda estão se recuperando dos danos causados pelo Furacão Helene no mês anterior.
O cenário é alarmante e sublinha a urgência dos esforços das companhias aéreas e dos aeroportos para garantir a segurança dos moradores e visitantes antes que a tempestade atinja seu ponto mais crítico.