
A companhia aérea australiana Qantas anunciou atrasos em alguns voos entre Sydney e Joanesburgo, na África do Sul, devido ao risco de queda de destroços espaciais provenientes dos foguetes da SpaceX, empresa de Elon Musk.
O trajeto de 11.044 quilômetros utiliza uma rota rara e remota pelo Oceano Índico Meridional, ando frequentemente sobre os icebergs da Antártida. A área é tão isolada que a SpaceX a escolheu como uma das principais zonas de reentrada de destroços de seus foguetes, usados para lançar satélites Starlink e outras cargas.
Em entrevista ao The Guardian, Ben Holland, chefe do centro de operações da Qantas, afirmou que a companhia recebe pouco aviso prévio das autoridades americanas sobre as coordenadas de reentrada previstas. Como resultado, a Qantas precisou adiar o voo QF64, operado pelo Airbus A380, de Joanesburgo para Sydney diversas vezes nas últimas semanas.
“Nas últimas semanas, tivemos que atrasar vários voos entre Joanesburgo e Sydney devido a notificações do governo dos EUA sobre a reentrada de foguetes da SpaceX em uma ampla área do Oceano Índico Meridional”, explicou Holland.
Na segunda-feira, o QF-64 partiu de Joanesburgo com quase quatro horas de atraso, com atrasos semelhantes registrados em 10 e 8 de janeiro, além de 23 de dezembro.
“Embora tentemos ajustar nossos horários com antecedência, os lançamentos recentes mudaram de última hora, forçando o adiamento de voos pouco antes da decolagem. Nossa equipe notifica os clientes assim que identificamos possíveis impactos”, acrescentou Holland.
Apesar de receber informações sobre a localização e horários das reentradas dos foguetes, a Qantas reclama que os avisos chegam frequentemente com pouco tempo de antecedência e sofrem mudanças inesperadas.
A companhia está em negociações com a SpaceX para “refinar as áreas e janelas de tempo das reentradas dos foguetes, buscando minimizar interrupções futuras aos ageiros dessa rota”.
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